Ela é mãe e esposa. Yemanjá é a mãe que quer os filhos sempre perto de si, aquela que tem uma palavra de carinho, um conselho, um alívio psicológico. Quando perde seus filhos queridos é capaz de desequilibrar-se completamente. Nossa cabeça divide-se em quatro partes, da mesma forma que a terra divide-se em quatro pontos: norte, sul, leste, oeste, o centro é a referência, cada pessoa deve colocar-se como centro do mundo, à sua volta, os pontos cardeais, as direções a seguir. A divisão da cabeça é a seguinte: oju ori, acima dos olhos (testa), icoco ori (a nuca), opa ossi (lado direito), opa otum (lado esquerdo). 0 centro é chamado de Ori, ou Eleda, é por onde começa toda a iniciação, onde reside o Orisà de cada um. No entanto, a dona do Ori é Yemanjá, a Iyá Ori, mãe de todas as cabeças.
Em muitas casas não se assenta o Ibá Ori, pois acredita-se que quando se faz isto, ou seja, numa tigela coloca-se Okutá, moedas, búzios e outros objetos rituais e consagra-se com sacrifícios, na verdade, assentou-se Yemanjá. De fato esse pensamento tem lógica, o Ibá Ori pode ser considerado um assentamento de Yemojá, que está intimamente ligada à cabeça. Ela dá o equilibrio e a paz indispensável ao Ori para que o Orisá possa se manifestar em sua plenitude. Assentar ou não o Ibá Ori é um procedimento que compete a cada babalorisa, nação, ou à maneira que cada um aprendeu. 0 importante é que o Bori seja feito e Yemanjá, juntamente com 0salá, seja evocada; sendo o |
Obi,
fruto africano, tão importante para o Candomblé quanto a hóstia
para a Igreja Católica, imprescindível a esse ritual. Errados estão aqueles
que fazem um lawó sem antes submetê-lo ao Bori.
A jovem Yemanjá Sabá casou-se com
Orunmilá, dessa união nasceu um menino com um sinal semelhante ao coco-de-dendê
bem na testa que chamou-se Ifá, o deus deste oráculo. Ogunté é casada
com ógún Alagbedé, o senhor dos ferreiros. Yemowó é a mulher de Osalá,
Yewà |