| 
  
 
 
 A
  
        
        Abèbè 
           leque de forma circular, atributo das deusas Oxum 
          ou Iemanjá, segundo seja de latão ou branco, ou de acordo 
          com os desenhos simbólicos que apresente.
 
 Abian = Abiã
 pessoas que não passaram pelos rituais de iniciação
 Posição inferior da escala hierárquica dos candomblés ocupada pelo 
          candidato antes do seu noviciado; em yorùbá significa "aquele que vai 
          nascer".
  
        AborôDenominação genérica dos òrìsà (vd.) masculinos, por oposição 
          as iabás, que são as divindades femininas.
 Adahun Tipo de ritmo acelerado e contínuo executado nos atabaques (vd.) 
          e agogós (vd.). É empregado sobretudo nos ritos de possessão 
          como que para invocar os òrìsà (vd.).
 Toque especial de 
          tambor, destinado a provocar - a forçar quase - a descida dos 
          deuses.
 Ade ( ' )Termo com que se designam (nos candomblés) em especial os 
          efeminados e, genericamente, os homossexuais masculinos.
 Adê (^)coroa
Adósùu Diz-se daquele que teve o osùu (vd.) assentado sobre a cabeça. 
          0 mesmo que iaô.
  Adufe Pequeno tambor. Instrumento de percussão de uso mais frequente nos 
          xangôs (vd.) no Nordeste.
 Afin 0 mesmo que ifin. Designa a noz-de-cola branca, na língua 
          yorùbá; por extensão a cor branca (vd. efun).
   
          
            
        Afonjáuma qualidade de Xangô.
  
        Afoxéprocissão ritual de um candomblé, que durante o carnaval 
          vai se misturar com a festa popular. (Roger Bastide)
  
        Àgbà 
          = ÀgbàlágbàAdulto. Velho. Maior de idade, pessoa idosa, velho
  
        ÀgboInfusão proveniente do maceramento das folhas sagradas as quais 
          se vem juntar o sangue dos animais utilizados no sacrifício e substancias 
          minerais como o sal. Esse Iíquido, acondicionado em grandes vasilhames 
          de barro (porrões), é empregado ao longo do processo de iniciação e 
          para fins medicinais sob a forma de banhos e beberagens.
 Agè Instrumento musical constituído por uma cabaça envolta numa malha 
          de fios de contas, de sementes ou búzios (vd.).
 Aguere Ritmo dedicado a Òsóòsi executado aos atabaques (vd.).
  Agogo Instrumento musical composto de uma ou mais campânulas, geralmente 
          de ferro, percutido por uma haste de metal.
 instrumento de música religiosa, composto de dois sininhos 
          metálicos desiguais, que se bate com uma varinha igualmente de 
          metal. (Roger Bastide)
 AiyéPalavra de origem yorùbá que designa o mundo, a terra, o 
          tempo de vida e, mais amplamente, a dimensão cosmológica da existência 
          individualizada por oposição a òrun (vd.), dimensão da existência 
          genérica e mundo habitado pelos òrisà (vd.), povoado, ainda, 
          pelos espíritos dos fiéis e seus ancestrais ilustres.
  Ajagumguerreiro
 
 Ajogún
 Palavra de origem yorùbá que designa os infortúnios, como 
          a morte, a doença, a dor intolerável e a sujeição.
 ÀkàsaBolinhos de massa fina de milho ou farinha 
          de arroz cozidos em ponto de gelatina e envoltos, ainda quentes, em 
          pedacinhos de folha de bananeira. (Acaçá)
 AkidavisNome dado nos candomblés Kétu e Jeje (vd. Nação) 
          as baquetas feitas de pedaços de galhos de goiabeiras ou araçazeiros, 
          que servem para percutir os atabaques (vd.).
 ÁláPano branco usado ritualmente como pálio para dignificar os òrìsà 
          (vd.) primordiais. Geralmente feito de morim.
 AlabêTítulo que designa o chefe da orquestra dos atabaques (vd.) 
          encarregado de entoar os cânticos das distintas divindades.
  AlékessiPlanta dedicada a Òsóòsi (vd.). Também conhecida como São 
          Gonçalinho – Casaina silvestre, SW. F LACOURTIACEAE.
 Amaláoferenda alimentar (de Xangô).
 
 Amacis (ou Amassis)
 Abluções rituais ou banhos purificatórios feitos com o líquido resultante 
          da maceração de folhas frescas. Entram geralmente em sua composição 
          as folhas votivas do òrìsà do chefe-de-terreiro do iniciando, 
          e as assim chamadas '"folhas de nação" (vd.). banho 
          de purificação (com ervas).
 Apetebimulher do babalaô que, em certas condições, tem 
        direito de consultar a sorte.
 
 Àse ou Axé
 Termo de múltiplas acepções no universo dos cultos: designa principalmente 
        o poder e a força vital. Além disso, refere-se ao local sagrado da fundação 
        do terreiro, tanto quanto a determinadas porções dos animais sacrificiais, 
        bem como ao lugar de recolhimento dos neófitos (vd. Runko). É usado 
        ainda para designar na sua totalidade a casa-de-santo e a sua linhagem.
 AssentamentoObjetos ou elementos da natureza (pedra, árvore, etc.) cuja 
        substância e configuração abrigam a força 
        dinâmica de uma divindade. Consagrados, são depositados em recintos apropriados 
        de uma casa-de-santo. A centralidade do conjunto é dada por um 
        òta, pedra-fetiche do òriìsà (vd.).
 AtabaquesTrio de instrumentos de percussão semelhantes a tambores que 
        orquestram os ritos de candomblé. Apresentam-se em registro 
        grave, médio e agudo, sendo chamados respectivamente Rum, Rumpi 
        e Lé (ou Runlé). Nos candomblés angola são chamados 
        de Angombas. Sua utilização no âmbito das cerimonias, 
        cabe a especialistas rituais (vd. Alabê e Ogã).
  AtotôTopsaudação de Omulu.
 
 Axogun
 Importante especialista ritual encarregado de sacrificar, segundo 
        regras precisas, animais destinados ao consumo votivo.
 
  
          
        Bàbáláwo 
        Sacerdote encarregado dos procedimentos divinatórios mediante o òpèlè 
        de Ifá, ou rosário-de-Ifá.
 BabalorixáSacerdote chefe de uma casa-de-santo. Grau hierárquico mais 
        elevado do corpo sacerdotal, a quem cabe a distribuição de todas as funções 
        especializadas do culto. É o mediador por excelência entre os homens e 
        os òrìsà. 0 equivalente feminino é denominado ialorixá. Na 
        linguagem popular, são consagrados os termos pai e mãe-de-santo. Nos 
        candomblés jeje – doté e vodunô; e nos angola – tata 
        de inkice.
 Babalossain – vd. Olossain.  Banha-de-oriEspécie de gordura vegetal obtida pelo processamento das amêndoas 
        do fruto de uma árvore africana que é vendida nos mercados brasileiros 
        para uso ritual nas casas-de-santo. Diz-se também "banha-de-Oxalá" 
        e "limo-da-costa". A mesma denominação é dada a gordura de origem animal 
        extraída do carneiro.
 Banhosvd. Àgbo. vd. Amacis.
  Barco Termo que designa o grupo dos que se iniciam em conjunto. Suas dimensões 
        são variáveis. Há barcos de mais de vinte neófitos e "barcos-de-um-só". 
        Através do barco se consegue a primeira hierarquização dos seus membros 
        na carreira iniciática. Como unidade de iniciação gera obrigações e precedências 
        imperativas entre os irmãos-de-barco ou irmãos-de-esteira.
  BarracãoSalão de festas
  
        Borícerimônia afro-brasileira, que se faz na cabeça.
 Ritual 
          que, juntamente com a lavagem-de-contas, abre o ciclo iniciático. 
          Fora deste ciclo, rito terapêutico. Em ambos os casos, consiste em "dar 
          de comer e beber a cabeça".
  
        BúziosBrajáfileira de búzios, com que se transpassa o busto, braços, 
          etc. dos iniciados.
 Tipos de conchas de uso recorrente na vida cerimonial dos candomblés. 
      Especialmente servem às práticas do dilogun – sistema divinatório 
      onde são empregados geralmente dezesseis búzios.
 
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 Cabaça
 Fruto do cabaceiro (Cucurbita lagenaria L., ou Lagenaria 
        vulgaris –cucurbitácea, e outras espécies). Sua carcaça é freqüentemente 
        utilizada nos cultos afro-brasileiros como utensílio, instrumento musical" 
        insígnia de òriìsà ou mesmo para representar a união de Obàtálá 
        e Odùduwà (o Céu e a Terra).
 CaboclosEspíritos ancestrais cultuados nos candomblés-de-angola, de 
        caboclos e na umbanda. São representados, geralmente, como 
        índios do Brasil ou de terreiros da África mítica.
 Camarinha – vd. Runko.  CandomblésDesignação genérica dos cultos afro-brasileiros. Costumam, 
        no entanto, distinguir-se pelas suas designações regionais: candomblés 
        (leste-setentrional, especialmente Bahia), xangôs (nordeste-oriental, 
        especialmente Pernambuco), tambores (nordeste ocidental, especialmente 
        São Luís do Maranhão), candomblés-de-caboclo (faixa litorânea, 
        da Bahia ao Maranhão), catimbós (Nordeste), batuques ou 
        parás (região meridional, Rio Grande do Sul,,Santa Catarina e Paraná), 
        batuques e babaçuês (região setentrional, Amazonas, Pará 
        e Maranhão), macumba (Rio de Janeiro e São Paulo).
 Candomblés-de-caboclo – 
        vd. Caboclo. vd. Candomblés.  Casa-de-santoDesignação do espaço circunscrito que constitui a sede de 
        um grupo de culto. Costuma chamar-se também de ilé (kétu), roga e 
        terreiro (angola) e, em alguns casos, barracão. Este ultimo 
        termo serve também para designar o recinto onde ocorrem as festas públicas.
 Catimbó – vd. Candomblés.  Cauris – vd. Búzios.  CaxixiChocalho de cabaça e de vime trançado, contendo sementes ou seixos. 
        Em alguns casos, vasilhames rituais em miniatura.
 Congo – vd. Nação.  Contra-egunTopTrança de palha-da-costa que os neófitos trazem amarrada nos dois 
        braços, logo abaixo do ombro, com a finalidade de afastar os espíritos 
        dos mortos.
 
  
         
       DanSerpente sagrada (Daomé – Benin) representando a eternidade e a mobilidade 
        sob a figura de uma cobra que engole a própria cauda. Genericamente designa 
        os filhos-de-santo da nação jeje; encontrando-se sincretizada 
        com Òsùmàrè e Besen.
  Dandalunda – vd. Yemoja.
 Dara
 bom
  DefumadorComposto de essências aromáticas, folhas e cascas, usado ritualmente 
        em fumigações propiciatórias e terapêuticas.
 DendêPalmeira africana aclimatada no Brasil (Elaeis guineensis; Jacq.) 
        de ampla utilização na liturgia dos candomblés. 0 óleo obtido dos seus 
        frutos (azeite-de-dendê) é considerado indispensável para a elaboração 
        de grande parte das comidas-de-santo. Suas folhas servem para guarnecer 
        entradas e saídas das casas-de-santo (vd. màrìwò).
  DespachoTipo de oferenda dedicada a Èsù, quer no início 
        das crimônias (vd.Pàdé), quer nas encruzilhadas, nos matos, rios 
        e cemitérios.
 Dia-do-nome – vd. Orúko.  DijinaNome iniciático dos filhos-de-santo dos candomblés de nação 
        angola.
  Dílogun (Érìn dínlógun)Nome dado à adivinhação com búzios que podem ser de 4 a 36 
        (mais comumente 16). Nesse jogo de Ifá as respostas ao oráculo 
        são dadas por Èsù.
  DóbálèDuduCumprimento prescrito aos iniciados de òrìsà femininos 
        diante dos lugares consagrados ao culto, pai ou mãe-de-santo, 
        òrìsà e graus hierárquicos elevados. 0 termo iká designa o 
        seu correspondente para o caso de filhos-de-santo de brisa masculinos.
 preto
 
 Top
 
  
        Ebó  
        Termo que designa, genericamente, oferendas 
          e sacrifícios, Usa-se também trabalho, despacho e, as vezes, 
          feitiço.  
         Ebômin Pessoa veterana no culto; título adquirido após a obrigação de 
        sete anos. Opõe-se a iaô, sendo equivalente a vodunci. ou 
        meu mais velho.
  Èèwò – vd. Quizila.  EfunNome dado a argila branca com que são pintados os neófitos.  Como 
        sinônimo de efun ocorre, também, afin.
  EgúnNome genérico dos espíritos dos mortos.
 EgúngúnEspíritos dos ancestrais, cultuados especialmente em terreiros 
        situados na Ilha de Itaparica, na Bahia.
 EniNome dado a esteira de palha utilizada pelos neófitos, sobretudo durante 
        o período de reclusão. É empregada como "mesa", "cama" e "tapete" em distintos 
        ritos. No candomblé é usual a expressão "irmãos-de-esteira" para designar 
        o conjunto de neófitos reclusos ao mesmo tempo, e que eventualmente tenham 
        partiIhado esse artefato simbólico na liturgia da iniciação.
 EquédeCargo honorífico circunscrito às mulheres que servem os òrìsà sem, 
        entretanto, serem por eles possuídos. É o equivalente feminino de ogã:
  EréTermo que caracteriza um estágio de transe atribuído a um espírito-criança.
 Eruexininsígnia feita de rabo de cavalo, que Iansan, orixá 
        dos ventos e das tempestades segura.
 
 Essa
 Espíritos de ancestrais ilustres do candomblé.
 Èsù ou ExúPrimogênito da criação. Também conhecido como Elégbára (jeje) é 
        popularmente referido como compadre ou homem-da-rua. Suscetível, irritadiço, 
        violento, malicioso, vaidoso e grosseiro. Dizem que provoca as calamidades 
        publicas e privadas, os desentendimentos e as brigas. Mensageiro dos' 
        òrìsà e portador das oferendas. Guardião dos mercados, templos, 
        casas e cidades. Ensinou aos homens a arte divinatória. Costuma-se sincretizá-lo 
        com o diabo. Ocorre tanto em representações masculinas como femininas. 
        Nas casas angola é Bombogira; nas casas angola-congo 
        é (Exúlonã). Na umbanda tem múltiplas personagens, entre elas, 
        Pomba-gira. Suas cores são o vermelho e o preto. Saudação – "Laró 
        yè!".
  Esteira – vd. Eni. 
         Top
 
 
 F
 
 Família-de-santo
 Termo de referencia que designa os laços de parentesco místico 
      nos quais incorre o filho-de-santo em virtude da iniciação.
 
 Feito0 mesmo que adósùu e iaô.
  FeituraProcesso de iniciação que implica em reclusão, catulagem, raspagem, 
        pintura, instrução esotérica, imposição do osùu (vd.) e apresentação 
        publica (vd.) orúko.
  Filho-pequenoTermo de parentesco místico que se refere a um laço interposto pela 
        iniciação entre um noviço e seu padrinho, gerando obrigações e deveres 
        semelhantes aos do compadrio (vd. Mãe-pequena).
  Filho-de-santoDiz-se de todo aquele que é afiliado ao candomblé. (vd.Povo-de-santo).
 FirmaFecho de colar de forma cilíndrica. Suas cores indicam a vinculação 
        de seu portador a um determinado òrìsà.
  FonFunfunetinia ou dialeto africano. vd. Jeje. vd. Nação.
 branco
 
  
        Top 
       Gantois
 Nome com o qual ficou conhecido o Ilé Iyá Omi Àse 
      Iyá Masé, um dos templos de candomblé da Bahia
 de maior prestígio
 
 Ganzá
 Instrumento musical de percussão, semelhante a um chocalho, geralmente 
      de folha-de-flandres e forma cilíndrica, contendo em seu interior pedaçosde 
      chumbo ou seixos.
 
 Gèlèdè
 Sociedade africana de mulheres e um famoso festival em homenagem às 
      Ìyá-mi.
 
 Top
 
 Hamunyia – Cadencia executada 
        pelos atabaques e agogôs que capitula a estrutura dos diferentes 
        toques que marcam o siré (vd.). Mais conhecida por Avamunha. HamunhaTopUm rítmo dedicado a praticamente todos os Orixás.
 
 Iabá – vd. Aborô.
  IaôTermo que designa o noviço após a fase ritual da reclusão iniciatória. 
        Em yorùbá significa "esposa mais jovem".
 IbiriInsígnia que Nanan, mãe de Omulu e a mais velha orixá 
        das águas, segura.
 
 Ifá
 Deus dos oráculos e da adivinhação. Senhor do destino. Há quem afirme 
        ser sua representação a cabaça envolvida por uma trama de fios 
        de búzios. Sua cor é o branco. Seu dia é a quinta-feira. Conhecido 
        também como Òrúnmìlà, "somente-o-céu-sabe-quem-será-salvo". Saudação 
        – "Eèpààbàbá/"
  Igbá OdùExpressão yorubá que designa a cabaça ou o artefato litúrgico 
        que contém no seu interior os elementos simbólicos e as substancias 
        que tornam possfvel a existência individualizada.
 ÌgbínCadência rítmica lenta executada pela orquestra cerimonial em louvor 
        a Òòsàálá. 0 termo designa também o molusco gasterópode terrestre, 
        com concha univalva, corpo prolongado e tentáculos na cabeça. E 
        o caracol também conhecido como "o boi de Òòsàálá" e sua oferenda 
        predileta. Na linguagem corrente dos candomblés é usual a forma 
        ibí.
 Ìjèsá – vd. Nação.  Ijí Apogantítulo honorífico existente no templo de Omulu, orixá 
        da peste e da bexiga.
 
 Iká – vd. Dòbálé.
  Ìkóòdíde Pena vermelha do papagaio-da-costa (Psittacus eritacus, sp.). 
        Simboliza o nascimento do novo filho-de-santo e, de um modo geral, 
        a fecundidade.
 Ilé ( ^ ) – vd. Casa-de-santo.  Ilé-ÒrìsàExpressão yorùbá que designa a dependência de uma casa-de-santo 
        onde se encontram depositadas as diferentes insígnias e objetos que 
        compõem a representação emblemática de cada um dos òrìsà. É também conhecida a forma "quarto-de-santo" ou "casa-do-santo".
 Inkice – vd. Òrìsà.
 Iorubá
 etnia predominante na região da Nigéria.
  Irmão-de-AxéTermo de referência que designa a relação de parentesco místico entre 
        os membros de uma mesma casa-de-santo. Diz-se, também, irmão-de-santo.
 Irmão-de-barco – vd. 
        Barco.  Irmão-de-esteira – vd. 
        Eni.  
        Iyamãe
 
 Iyábassé
 Especialista ritual encarregada do preparo das comidas votivas dos 
          òrìsà.
  Iyá-EfunEspecialista ritual encarregada das pinturas corporais durante 
        o período de iniciação. Embora esse título honorífico signifique 
        literalmente "mãe-do-efun", o ofício litúrgico não se limita 
        às pinturas com o pigmento branco (efun). São também empregados: 
        wájí e osùn, respectivamente as cores azul e vermelho.
 Iyá Egbé – Titulo 
        honorífico importante na hierarquia dos terreiros que distingue 
        sua portadora como "mãe-da-comunidade". Iyalaxé – Titulo honorifico 
        geralmente ostentado pela própria mãe-de-santo, significando "mãe-do-axé" 
        ou "zeladora-do-axé". Iyalorixásacerdotisa do candomblé. Significa 
        mãe de orixá (comumente chamada de mãe de santo). 
        A que inicia as pessoas no ritual afro-brasileiro.
 
  Ìyásan ou IansanTopDivindade das tempestades e do Rio Niger, mulher de Ògún, e, depois, 
        de Sòngó. Relacionada com os vendavais, os raios e os trovões. Sincretizada 
        com Santa Bárbara. Seu dia da semana é a quarta-feira. Suas insígnias 
        são a espada e o espanta-moscas de crinas de cavalo. Suas cores são o 
        vermelho escuro e o marrom. Considerada a mãe dos egún, que é a 
        única a dominar. Saudação – "Eparrei !"
 
 Jagun
 Guerreiro; uma das qualidades de Omulu.
 
 Jeje
 Etinia predominante no ex-Daomé; o mesmo que ewé-fon. vd. 
        Nação. vd. Fón.
  Jelú Um dos nomes pelos quais é conhecido Èsù Àjelú ou Ijelú.
 Top
 
 Kétu – vd. Nação.
 
 Ketucidade da Nigéria, de onde veio grande contingente de negros 
        para a Bahia.
 KuruToppequeno
 
 LavagensTermo genérico pelo qual são designados os ritos Iustrais dos candomblés. 
        Esses ritos purificatórios podem ser exercitados sobre os colares 
        cerimoniais, as pedras (òtá) consagradas aos òrìsà, e nos templos. 
        A mais tradicional manifestação publica dessa cerimônia é realizada na 
        Igreja de N. S. do Bonfim, na Bahia.
 Lavagem-de-contasRito de agregação que consiste em lustrar os colares sagrados. Esse 
        ritual marca o aparecimento do postulante como abiã, vinculando-o 
        a estrutura hierárquica de uma casa-de-santo.
  Lògún Ede TopDivindade yorùbá considerada no Brasil filho de Ibualama 
        ou Inle (Òsóòsì) e Òsun Yéyéponda. Homem durante seis meses, 
        jovem e caçador. Nos outros seis, mulher, bela ninfa que só come peixes. 
        Suas insígnias são o ofà (vd.) e o leque dourado (abebe) de 
        Òsun. Suas cores são o azul e o amarelo-ouro translúcido. Seu dia 
        da semana é quinta-feira. Saudação – "Lóògún!"
 
 Macumbas – vd. Candomblés.
  Mãe-criadeira – Termo 
        de referência que designa a ebômin encarregada de atender 
        o noviço durante o seu período de reclusão. É a responsável pelo preparo 
        e administração dos alimentos; higiene pessoal; guarda-roupa e instrução 
        do neófito nos mistérios do culto. Por isso, diz-se que "cria" aquele 
        que estásendo iniciado. Mãe-de-santo – vd. Iyalorixá.  Mãe-pequena ou Iyá kékéré 
        Título honorífico feminino que corresponde à segunda pessoa na ordem 
        hierárquica de uma casa-de-santo. Também ocorre a forma ia-kekerê. 
        Seu equivalente masculino é pai-pequeno. Diz-se, também, mãe 
        ou pai-pequeno daquele que, ao lado da mãe ou pai-de-santo, 
        encarrega-se da formação do iaô (vd. Filho-pequeno).
  Màrìwò – 
        As folhas desfiadas do dendezeiro (Elaeis guyneensis, A. Cheval, 
        PALMAE) que guarnecem as entradas de uma casa-de-santo contra os 
        egún, os espíritos dos mortos. Matamba – vd. Ìyásan.  MojúbàLouvação endereçada aos ancestrais ilustres, forças da natureza e 
        aos próprios òrìsà, durante os ofícios litúrgicos.
 MuzenzaDiz-se dos filhos-de-santo nos candomblés de "nação" 
        angola. 0 mesmo que iaô. Por extensão, designa a primeira saída 
        pública do neófito no rito angola. Significa, literalmente, "estranho 
        ser animado", na etimologia da língua kikongo.
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 Nação
 Designa, no Brasil, os grupos que cultuam divindades provenientes 
        da mesma etnia africana, ou do mesmo subgrupo étnico. Mo exemplos do primeiro 
        caso as "nações" congo, angola, jeje, ao passo que o segundo caso é ilustrado 
        por kétu, ijesà e òyó,correspondentes aos subgrupos da etnia nagô. 
        Trata-se, na verdade, de categorias abrangentes as quais se reduziram 
        as múltiplas etnias que o tráfico negreiro fez representadas no Pais. 
        0 termo tem servido para circunscrever os traços diacríticos através dos 
        quais se revela um mundo caracterizado por um notável conjunto de elementos 
        comuns. Tem servido, além disso, paia hierarquizar esse universo em termos 
        da maior ou menor "pureza" atribuída a cada "nação" em virtude de uma 
        suposta fidelidade e autenticidade litúrgicas.
 Nanã Buruku ou NànáDivindade das águas primordiais, dos pântanos e brejos. Daí associada 
        quer ao limo fertilizante e a vida, quer a putrefação e a morte. Considerada 
        mãe de Omolú é sincretizada com Sant'Ana. Suas cores são o vermelho, 
        o branco e o azul que exibe em seus colares. Sua insígnia é o Ibiri – 
        artefato confeccionado com a nervura central das folhas do dendezeiro, 
        de ápice recurvo como um báculo. Seu dia é sábado. Saudação – "Sálùba"
  Noz-de-cola – vd. Obì.Nupê região de origem de Obaluaiê.
 
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 ObáRei; nome da terceira esposa de Xangô.
 
 Obá
 Terceira mulher de Sòngó, Obá é a deusa nigeriana do rio do 
        mesmo nome. Muitas vezes se confunde com Ìyásan, pois, além de 
        casada com Sòngó, usa também espada de cobre. Na outra mão leva, 
        seja um escudo, seja um leque com o qual esconde uma de suas orelhas em 
        lembrança do episódio mítico que deu margem à sua rivalidade com 
        Òsun. No Brasil é sincretizada com Santa Catarina e Santa Joana 
        d'Arc. Seu dia é quarta-feira. Seus colares são de contas alternadamente 
        amarelas e vermelhas de tonalidades leitosas. E saudada como "Obáxireê!"
 Obá de Xangôcorruptela de Mogbá Xangô, que quer dizer ministro de 
        Xangô.
 
 Obalúwàiyé ou Obaluayê ou Omulu
 É a "forma" jovem de Sòpònnón, do qual Omolu é 
        a "forma" velha. Divindade da varfvola e das moléstias infecto-contagiosas 
        e epidêmicas, consta como filho de Nàná, criado por Yemoja, 
        e, portanto, irmão de Òsùmàrè Veste-se todo de palha, com o 
        que cobre as suas ulcerações. Sua saudação – "Atotó!" – significa 
        "Calma!", exigida a um deus tão poderoso e temível. Sua insígnia é o sàsàra 
        – feixe de nervuras das folhas do dendezeiro, amarrado com tiras de 
        couro, em vermelho e preto (ou branco e preto), incrustradas de 
        búzios. É sincretizado, no Brasil, com São Roque, as vezes, com São Lázaro 
        e ainda com São Sebastião, em Recife.
 Obàtàlá – 
        vd.Òòsàálá.  ÒbeTermo que designa a faca usada nos sacrifícios, por extensão qualquer 
        faca no jargão do candomblé.
 0bì Fruto de uma palmeira africana (Cola acuminata, Schott. & 
        Endl. – STER-CULIACEAE) aclimatada no Brasil. Indispensável no candomblé, 
        onde serve de oferenda para os òrìsà e é usado nas práticas divinatórias 
        simples, cortado em pedaços.
 Obrigação – vd. 
        Ebo.  Obrigação de sete anosE uma das obrigações mais importantes da carreira iniciática. Equivale 
        a um autentico rito de investidura, a partir do qual, tornando-se ebômin, 
        o filho-de-santo pode proceder a iniciação de outros.
 Odô ( ^)Rio
 
 Odù
 Pronunciamento oracular resultante da prática divinatória 
        com o òpèlè (vd.), com os cocos de dendê (vd.) ou com os búzios 
        (vd.). Há 16 odù primários ou maiores. Suas combinações com 
        os 16 secundários resultam em 256, cujos desdobramentos chegam a 4.096. 
        Cada odù é nominado e pertence a uma divindade.
 Odùduwà ou OduduáDivindade yorubá, ora apresentada, nos mitos, como 
        masculino e irmão de Obàtálá (vd.) (vd. também Cesto-da-criação), 
        ora como feminino e, no caso, esposa deste ultimo. Odùduwà significa 
        "a cabaça de onde jorrou a vida". É evocada, no Brasil, em alguns terreiros 
        (vd.) e, também, no candomblé-dos-eguns de Itaparica (vd. Egúngún). 
        Orixá que 
        tomou para sí a importante missão de criar a terra.
  OdundunA folha-da-costa ou saião africano (Kalanchoe brasiliensis, Comb.– 
        CRASSULACEAE). Uma das folhas rituais mais importantes dos candomblés.
  OfàDesigna o instrumento simbólico de Òsóòsi, consistindo num 
        arco e flecha unidos em metal branco ou bronze.
 Ogã ou OganTítulo honorífico conferido, seja pelo chefe do terreiro, seja por 
        um òrìsà incorporado, aos beneméritos da casa-de-santo, que 
        contribuam com sua riqueza, prestígio e poder, para a proteção e o brilho 
        do àse (vd.). Esse tipo de titulatura admite uma série de especificações 
        que abrangem, desde cargos administrativos, até funções .rituais. A iniciação 
        dos ogãs é mais breve e se distingue daquela dos iaôs (vd.), 
        por excluir a catulagem, a raspagem e alguns outros rituais. Tal como 
        as equédes (vd.) os ogãs não são passíveis de transe.
 Ogó(o som do acento ' em iorubá corresponde ao ^ do português) 
        insígnia de madeira que Exú carrega. Tem o formato de um 
        penis.
 bastão de forma fálica, símbolo de Exú.
 
 Ògún
 Divindade da forja e dos usuários do ferro; por extensão, da guerra 
        e da agricultura e, também, da caça ou de todas as demais atividades que 
        envolvem a manipulação de instrumentos de ferro. É rei de Iré e 
        por isso chamado, no Brasil, Oníré. Costuma ser representado por 
        um semicírculo soldado a base por uma haste, no qual se encontram, pendurados 
        no arco do semicírculo, todo o tipo de instrumentos, que, como o conjunto 
        inteiro, são de ferro. E filho de Yemoja e irmão de Èsú e Òsóòsì. 
        Por isso, tem a ver com os caminhos, a caça e a pesca. Pertence-Ihe 
        a faca sacrificial – o òbe (vd.). Os colares são de contas verdes 
        ou azul-escuro (em angola). Seu dia é a terça-feira. Saudação – 
        "Ògún yé!".
 
 Ogun
 número vinte.
 orixá dono do ferro, tudo que é de ferro e metais lhe pertence
  Ojijiquer dizer sombra. Espécie de Ebó que se faz para Iyá 
        Mi Oxorongá.
 
 Olódùmarè – vd. Olóòrun.
  OlóòjàExpressão yorubá que na língua ordinária significa seja o vendedor, 
        seja o dono do mercado. Na cosmologia do povo-de-santo, a locução 
        dono-do-mercado equivale a um dos títulos de Èsú.
  OlóríTermo que designa o "dono da cabeça", isto é, o òrìsà pessoal 
        de cada iniciado (vd. Orí).
  Olóòrun ou OlorunDeus em Iorubá, entidade suprema, força maior, que está 
        acima de todos os orixás.
 Divindade suprema yorubá, criador do céu e da terra. Deus do 
        firmamento. É o Eléeda, "senhor-das-criaturas-vivas"; o eléèémí 
        "dono-da-vida"; que criou o homem e a mulher a partir do barro, encarregando 
        seu filho, Obàtálá, de moldá-los e animá-los com o sopro vivificante. 
        De caráter inamovível, é o numinoso que permanece fora do alcance dos 
        homens que não Ihe podem render culto. Não tem insígnias. Sua cor é o 
        branco absoluto. É também chamado de Olódù-marè.
  Olossain Sacerdote encarregado da coleta e da preparação ritual das ervas sagradas 
        na liturgia dos candomblés. 0 mesmo que babalossain.
 Onisenhor
 
 Onilé
 dono da terra
 Onilêdono da casa
  Òòsàálá 
        ou OxaláEste é o nome pelo qual se conhece, no Brasil, Obàtálá 
        (o Senhor do Pano Branco) e significa 
        "o grande òrisà". Filho de Olóòrun (vd.) foi encarregado 
        por este de criar o mundo e os homens. Nesta ultima condição é portador 
        dos títulos de Àjàlá, Àjàlámò e Alá-morerê. Apresenta-se ora como um jovem 
        guerreiro, simbolizado pelo arrebol – Òsògìnyón, ora como um velho, 
        curvado ao peso dos anos, simbolizado pelo sol poente – Òsòlúfón. Suas 
        insígnias, em prata lavrada, são, em conseqüência, ora a espada e o pilão, 
        ora o òpásorò – um bastão com aros superpostos, adornados de pingentes, 
        encimados por um passado (em geral uma pomba) – símbolo do poder. Costuma-se 
        sincretizá-lo com Nosso Senhor do Bonfim. Sua cor heráldica é o branco 
        e seu dia a sexta-feira. A ele se dedica a grande festa popular da "lavagem 
        do Bonfim" (vd. Lavagem). Saudação – "Eèpàà bàbá! Eèpàà èé!"
 
 Òpèlè
 Colar aberto no qual se encadeiam oito metades de coquinhos de dende, 
        mediante um fio trançado de palha-da-costa. É o instrumento divinatório 
        privativo dos autênticos sacerdotes de Ifá (vd. – Os bàbáláwo 
        (vd.).
 
 Opelê
 rosário com que Ifá, orixá da adivinhação 
        faz a prática divinatória.
 OríTermo que designa a cabeça na vida litúrgica dos candomblés. É, 
        além disso, uma divindade doméstica yorubá guardiã do destino e 
        cultuada por adeptos de ambos os sexos. Também se diz que é a alma orgânica.perecível, 
        cuja sede é a cabeça – inteligência, sensibilidade, etc.
 
  OríkìConjunto de narrativas da saga mística dos òrìsà que proclamam seus 
        feitos. Ocorre também sob a forma de pequenos enigmas endereçados a uma 
        pessoa como voto de bons augúrios.
 ÒrìsànláÉ um título de Obàtálá, a partir do qual se formou, no Brasil, 
        o nome Oxalá.
  Òrìsà ou OrixáQualquer divindade yorubá com exceção de Olóòrun (vd.). 
        Seus equivalentes fón (vd.) são voduns. A designação das 
        divindades do culto angola-congo que Ihe correspondem é inkice. Essas 
        equivalências são imperfeitas, pois, ao passo que uns são forças da natureza, 
        outros são espíritos que retornam sob a representação de animais, enquanto 
        outros ainda são espíritos ancestrais.
 Divindades da religião 
        iorubana, intermediárias entre os devotos e a suprema divindade, 
        (Olorun). Simbolizam forças da natureza
 OrógbóFava de uma planta africana adaptada no Brasil (Garcinia Kola, 
        Hae-ckel, GUTTIFERAE).
 OrúkoExpressão yorubá, empregada na liturgia dos candomblés, 
        que significa "qual é o teu nome?". Ocorre na mais expressiva cerimonia 
        publica do candomblé, conhecida como saída-de-santo, dia-do-nome, 
        saída-de-iaô e muzenza.
  Òrun – vd. Aiyé.  Òrúnmílà – 
        vd. Ifá.  
          Òsónynìn ou OssainÒrìsà das folhas litúrgicas e medicinais, imprescindíveis para 
        a realização do culto. Na África é considerado companheiro de Ifá e 
        também adivinho. Seu emblema são sete hastes de ferro pontiagudas, das 
        quais a haste central é encimada por um pássaro. As sete hastes estão 
        soldadas pela base, formando, no seu ápice, um círculo em torno da haste 
        com o pássaro. As cores das contas de seus colares são o verde (ou azul) 
        e o vermelho leitoso. Seu dia é, para alguns, a seguinda, e para outros, 
        a quinta-feira. Sua saudação – "Ewé ó!"
 Òsóòsì ou OxossiFilho de Yemoja, irmão de Ògún (vd.), companheiro de 
        Èsú e Òsónyìn, este òrìsà, considerado rei de Kétu, 
        tem o título de ode (o Caçador). No Brasil é sincretizado, 
        seja com São Jorge (na Bahia), seja com São Sebastião (no Rio de Janeiro 
        e Porto Alegre). Seu símbolo é o ofà (vd.). 0 cotar votivo é de 
        contas azul-de-viena (azul esverdeado). Saudação – "Òkè àró"
  Òsùmàrè ou OxumareCostuma ser identificado com o arco-íris e com a serpente. Representa 
        a continuidade, o movimento e a eternidade. No Brasil é considerado irmão 
        de Obalúwàiyé (vd.) e filho de Nàná (vd.), possivelmente 
        em virtude de sua origem daomeana. Dele se diz que é o Rei de Jeje. Seu 
        símbolo são as duas cobras que leva nas mãos quando dança, sendo uma masculina 
        e outra feminina, alusão ao seu caráter duplo de macho e fêmea. Dia consagrado: 
        terça-feira. Colares de contas verdes e amarelas listradas. Saudação – 
        "Aróbò bo yí!" Sincretizado com São Bartolomeu.
 Òsún ou OxumDivindade das águas, em particular no Rio Òsún, na Nigéria. E a segunda 
        esposa de Sòngó, mas foi casada também com Ògún e Òsóòsì. Deste 
        ultimo casamento nasceu Lògún-ede (vd.). Seus símbolos são o leque 
        dourado e a espada. É pois uma iabá que se caracteriza pela 
        coqueteria, gostando de enfeites e jóias de ouro (ou cobre amarelo). Tem 
        o título de Ialodê – chefe das mulheres do mercado, sendo sincretizada 
        no Brasil com diversas Nossas Senhoras (da GIória, da Conceição, do Carmo, 
        das Candeias, da Candelária) e com Santa Luzia. Além disso, é a Rainha 
        de Òsogbo e Òyó. Seus colares são de contas amarelo-douradas translúcidas. 
        Saudação – "Rora yèyé o!" Seu dia é o sábado.
 
 Osùu ou oxú
 Artefato cônico, confeccionado a partir de substâncias sagradas de 
        origem animal, vegetal e mineral, imposto a cabeça do noviço após as incisões 
        rituaisfeitas sobre o alto do crânio (vd. Adósùu).
 Oxaguiã(Òsàgìyán em Iorubá) uma qualidade 
        de Oxalá relacionado com o inhame novo.
 Oxalufã(Òsàlùfàn em Iorubá) uma qualidade 
        de Oxalá, Oxalá velho.
 Oxêinsígnia em madeira ou metal, que Xangô segura. Tem o 
        formato de um machado de dois gumes.
 OyóTopcidade da Nigéria, antiga capital dos povos Iorubás.
 
 P
    PàdéRito que é desempenhado no início das cerimônias do candomblé em 
        homenagem a Èsù, considerado necessário como rito propiciatório, 
        pois as primícias sacrificiais devem caber aquele que é, além de primogênito 
        da criação, o portador titular de qualquer oferenda. 0 seu não cumprimento 
        é visto como implicando em perturbação de toda a ordem ritual.
 
 Pai-de-santo – vd. Babalorixá.
 Pai-pequeno – vd. Mãe-pequena.
 Palha-da-costa
 Tipo de palha proveniente da Costa da África, com que se designa a 
        região sudanesa da África Ocidental (Golfo da Guiné). Usa-se trançada 
        em diferentes artefatos litúrgicos.
 Patéwó ou Ìpatéwó 
        ou PaóPalmas em cadência sincopada empregadas como saudação aos òrìsà, 
        bem como em circunstâncias que impõem o silencio, como no caso do 
        recolhimento, para indicar uma necessidade a ser atendida.
  Pejítermo com que se designa o altar dos orixás afro-brasileiros.
 Espécie 
        de altar onde se encontram dispostos os diversos tipos de insígnias da 
        divindade, como as pedras votivas (òta), armas e demais objetos simbólicos, 
        e onde estão dispostos os recipientes contendo as comidas ofertadas aos 
        òrìsà.
 
  Povo-de-santoDesignação coletiva que abrange o conjunto dos filhos-de-santo 
        de todos os candomblés.
  Pretos-velhosTermo que designa um tipo de entidade característica dos cultos de 
        umbanda. Representam os espíritos de negros escravos que se notabilizaram 
        por sua humildade, sabedoria e magia. São conhecidos como Vovô/Vovó, Tio/Tia 
        e Pai/Mãe.
 Pupá  
        Vermelho
 
 Top
 
 Quebra-de-quizila – vd. Quizila.
 
 Quelê
 preceito cumprido pelo iaô após os rituais de iniciação; 
        colar que simboliza esse preceito
  Quitanda-de-IaôRito do ciclo iniciático em que são rompidos alguns dos tabus que 
        cercam o noviço. Consiste no desempenho dramático de funções e atividades 
        evocativas de situaq5es do quotidiano. 0 termo alude, ainda, a venda que 
        o iaô efetua de produtos variados (frutas, doces, etc.) expostos 
        sobre tabuleiros,como nas feiras e mercados. A origem do termo quitanda 
        é kimbundo e significa expor, e, por extensão, feira ou mercado.
  QuizilaTopInterdito ritual; o mesmo que èèwò. Na liturgia dos candomblés 
        há um ciclo cerimonial, onde se realiza o rompimento dos tabus que 
        circundam o noviço durante a iniciação, conhecido como quebra-de-quizila. 
        Dele fazem parte o panán e a quitanda-de-iaô.
 
 Roça – vd. Casa-de-santo.  Rum, Rumpi, Runlé – vd. 
        Atabaques.  RunkóToppalavra de origem jeje que corresponde ao quarto em que ficam recolhidos 
        os iniciados para as obrigações; quarto de santo.
 
 Saída-de-santo  - 
        vd. Orúko.  Sakpatá  - vd. Obalúwàiyé.  Santo - vd. Òrìsà.  Saworo ou xaorôArtefato de palha trançada e que tem como fecho um guizo. 0 noviço 
        deve tê-lo atado ao tornozelo, e port5-lo durante um largo período ap6s 
        a sua reclusão. Um dos símbolos cerimoniais da sujeição do iaô numa 
        casa-de-santo.
  Siri ou XirêConjunto de danças cerimoniais onde ocorrem distintos ritmos, cânticos 
        e estilos coreográficos característicos do desempenho de cada Òrìsà.
  Sòpònnón 
        - vd. Obalúwàiyé.  Sòngó ou Xangô 
        Divindade iorubana do raio e do trovão. Descendente do fundador mítico 
        da cidade de Òyò e seu 4º. rei. Seu símbolo é o machado duplo, notabilizando-se 
        ainda como o dono da pedra-do-raio, indispensável aos seus assentamentos. 
        E viril, como atestam suas várias esposas (Òsun, Oba, Oya), violento 
        e guerreiro, distinguindo-se, sobretudo, pelo seu senso de justiça, aspecto 
        mais desenvolvido da sua representação no Brasil, e que o liga a São Jerônimo, 
        com quem é sincretizado. Suas cores são o vermelho e o branco. Seu dia 
        é quarta-feira. Saudação – "Ká wòóo, ká biyè sí!"
 Top
 Tambores-de-mina - vd. Candomblés.
 
 Tata-de-inkice - vd. Babalorixá.
 
 Tempo
 É um ínkice. Corresponde ao ìrokò nagô. Muitas vezes seus assentamentos 
      (vd.) se encontram ao ar livre, isto é, "no tempo". Dele se diz que é o 
      dono da bandeira branca que distingue as casas-de-santo (vd.). Seu símbolo 
      é uma grelha de ferro com três pontas-de-lança. É sincretizado com São Lourenço, 
      santo católico que sofreu o martírio sobre uma grelha.
 
 Terreiros - vd. Candomblés.
 
 Teteregun
 Planta da família das ZINGlBERACEAE (Costus spicatus, SW.). É conhecida, 
      ainda, como sangolovô e cana-de-macaco. Na classificação das folhas liturgias 
      é considerada de agitaçåo. cana-do-brejo.
 
 Tobi
 grande
 
 Top
 Uá = Wá
 vir
 
 Ubori
 vento da tempestade, domínio de Iansã; o vento da morte.
 
 Umbó = Mbò
 Está vindo, está chegando
 
 Unjé
 comida
 
 
 
 Top
 
 TopVodun
 divindades do Jeje; o mesmo que os Orixás entre os nagôs
 
 Vodunsi
 Iniciados no Jeje com os ritos completos – vd. Ebômin.
 Wájì
 Nome litúrgico do anil ou índigo, a cor azul-escura.
   Top Xangô - vd. Sòngó
 
 Xangôs – vd. Candomblés.
 
 Xaxará
 insígnia 
      que Omulu segura.
 
 XerêTopchocalho especial para saudar Xangô, em cabaça ou em 
        cobre.
 
 Xiré
 Festa, brincadeira, ordem em que são cantados os cânticos 
        nas grandes festas dos candomblé;
 o momento do Candomblé em que os filhos-de-santo dançam 
        em homenagem aos orixás.
 
 Yemanjá = Yemoja
 orixá das águas e mãe de todos os orixás 
      e espôsa de Oxalá orixá da criação e pai 
      de todos os orixás
 YewàTopÒrìsà feminino do rio e da lagoa Yewè, na Nigèria. Uma das iabás, 
        considerada ora irmã de iyásan, ora esposa de Òsùmáré. Seu nome significa 
        beleza e graça. As cores de seus colares são o vermelho e o amarelo. Usa 
        como insígnias o arpão, a âncora e a espada. Ha um vodun daomeano com 
        o mesmo nome, cultuado em São Luís do Maranhão. Saudação – "Riró!".
 
 Yorùbá - vd. iorubá
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