Acontece apenas diante dos membros da comunidade de santo e envolve no mínimo dois animais; um, de duas patas, para Exu, e outro, de quatro patas, macho ou fêmea, dependendo do sexo do orixá a ser homenageado. Quem realiza o sacrifício é o ogã axogum, um iniciado no candomblé especialmente preparado para isso. Os bichos são mortos com um golpe na nuca. Depois, a cabeça e os membros são cortados fora e o animal sacrificado vai sangrar até a última gota antes de ser destinado à oferenda. |
Depois do sacrifício, a moela, o figado, o coração,
os pés, as asas e a cabeça são separados e oferecidos
ao orixá homenageado num vaso de barro, chamado alguidar. O sangue,
recolhido numa quartinha de cerâmica (espécie de moringa),
é derramado sobre o assentamento do santo, ou seja, o local onde
ficam seus objetos e símbolos. |
Este é também um ritual fechado ao público. Significa despacho de Exu. É ele quem faz a ponte entre o mundo natural e o sobrenatural. Portanto, é ele quem convoca os orixás para a festa dos humanos. Para isso, é preciso agradá-lo, oferecendo comida (farofa com dendê, feijão ou inhame) e bebida (água, cachaça ou mel). As oferendas são levadas para fora do barracão e a porta de entrada é batizada com a bebida, já que Exu é o guardião da entrada e das encruzilhadas (por isso é comum ver oferendas em esquinas nas ruas e em encruzilhadas nas estradas). |