NÀNÁ BURUKU
É
conhecida como a
Santa mais velha da seita. Na sua oferenda
usa-se o obé (faca) de madeira, que é anterior ao ferro. Prefere
ao setô (um rítimo de dança) entre todas as outras quando
dança. Todas as Eleguns de Nànás trazem na mão
um cajado, no alto do qual está um pedaço de galho. Parecem
rememorar a peregrinação por ela realizada no passado. Vão-se
apoiadas em seus bastões, andando um pouco de lado com passos lentos.
Os pés tocam o chão com certa precaução, suas
atitudes imitam a fadiga de uma longa viagem. De vez em quando param, inclinando-se
para a frente para saudar, e depois arqueiam o corpo para trás. Nesse
momento os que as assistem devem sustentá-las para evitar que caiam.
Os Eleguns de Nàná dançam com a dignidade que convém
a uma senhora idosa e respeitável. Seus movimentos lembram um andar
penoso. Ficam apoiadas num bastão imaginário, que os Eleguns,
curvando-se para a frente, parecem puxar para si. Em certos momentos, viram-se
para o centro da roda e colocam seus punhos fechados um sobre o outro, parecendo
segurar o bastão, num gesto semelhante aos praticados na África. O seu fundamento encontra-se nas águas paradas dos lagos e nas águas lamacentas dos pântanos. Estas lembram as águas primordiais que Odùdùwa (segundo a tradição do Ifé) ou Oranyan (segundo a tradição de Oyo) encontraram no mundo quando vieram à terra. Nàná também é conhecida por Iniê e parece desempenhar um papel de Deus |
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