ÒSÙMÀRÉ
Ò
sùmàré
era um babalaô (senhor predestinado a adivinhação) e
não um babalorix's (predestinado ao meridiologun), por isso que alguns
filhos de Òsùmàré
não incorporam. Filho de Nánà, em uma das lendas, e
irmão de Obalúayé. Ele se paramenta de búzios
como o bradjá (longos colares enfeitados de maneira a parecer escamas
de serpentes) e com colar de lagdbá (relação com a
terra e os ancestrais). Representa a sabedoria, o equilíbrio ecológico
e a evolução. Patrono do arco-íris e outros fenômenos
da atmosfera, está relacionado com o conceito de terra e infinito.
Símbolo da fecundidade e da eternidade. Ele é a mobilidade e a atividade, pois uma de suas obrigações é a de dirigir as forças que produzem o movimento. Ele é o Senhor de tudo que é alongado: do cordão umbilical. Este está sob seu controle e é enterrado geralmente sob uma palmeira, que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore. É o símbolo da continuidade e da permanência e; algumas vezes, é representado por uma serpente que se enrosca e morde a própria cauda. Enrola-se também em torno da terra para impedi-la de se desagregar. Acredita-se que se perdesse as forças seria o fim do mundo, eis uma excelente razão para não negligenciar suas oferendas. Sendo ao mesmo tempo macho e fêmea, esta natureza aparece nas cores vermelha e azul que cercam o arco-íris. Ele representa também o bem, a riqueza e os benefícios mais apreciados no mundo dos iorubás. Daí a lenda que no fim do arco- íris do qual é seu patrono, encontra-se um pote de ouro para ser dado ao homem quando da sua vinda à terra. Os eleguns de Òsùmàré trazem na mão um |
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